DIRETRIZES PLANO DE ENSINO

Criada por Gabriel Eduardo Soler da Angela, Modificado em Sex, 15 Jul, 2022 na (o) 2:23 PM por Adriano Massoli

DIRETRIZES REGULAMENTARES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ENSINO

 

CAPÍTULO I

CONCEITUAÇÃO

 

Art. 1º O Plano de Ensino é uma programação das atividades pedagógicas que serão desenvolvidas pela disciplina ao longo do período letivo. É uma descrição pormenorizada, onde são correlacionados os conteúdos com as metas que se pretende alcançar, durante e ao final de cada disciplina, descrevendo métodos e técnicas para atingir os objetivos.

 

CAPÍTULO II

OBJETIVO

 

Art. 2º O objetivo precípuo do Plano de Ensino é subsidiar o professor para que ele consiga efetuar o planejamento das suas aulas, com vistas a um ensino de excelência.

 

CAPÍTULI III

ELABORAÇÃO

 

 Art. 3º Para a elaboração do Plano de Ensino deve-se levar em conta que se trata de um planejamento completo, que pretende guiar as atividades de uma determinada disciplina, em cada período letivo. 

 

  

§ 1º O Plano de Ensino, por ser estratégico, flexível, crítico e dinâmico, deve sempre passar por revisões e aprimoramentos e, desta maneira, deve ser elaborado de forma a possibilitar alterações, de acordo com as necessidades de aprendizagem.

§ 2º O Plano de Ensino deve ser elaborado pelo professor ou professores de cada disciplina, em conjunto com a Coordenação do Curso, durante o planejamento, antes do início das aulas de um determinado período letivo, seguindo as normas das Diretrizes Curriculares do Curso e de seu Projeto Pedagógico (PPC).

§ 3º O Plano de Ensino deve ser entregue ao NDE para análise e aprovação. Após aprovação do NDE, o Plano de Ensino de cada disciplina deverá ser disponibilizado para os docentes da disciplina e Colegiado do Curso, preenchido em sistema próprio e publicado, para conhecimento da comunidade acadêmica.

§ 4º No início de cada disciplina, o docente deverá disponibilizar e explicar o Plano de Ensino para todos os discentes daquela turma.

 

 

CAPÍTULO IV

COMPOSIÇÃO E ELABORAÇÃO

 

 

Art. 4º Para a elaboração do Plano de Ensino, devem ser preenchidos os quesitos, relacionados a seguir, com o seguinte cabeçalho:

 

    

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

PLANO DE ENSINO

 

 

CURSO:

MÓDULO/PERÍODO/ANO:

DISCIPLINA:

CARGA HORÁRIA DA DISCIPLINA:

CARGA HORÁRIA PRÁTICA:

INDICAÇÃO DE ESPAÇOS DE PRÁTICA:

EMENTA

 

A ementa traz os pontos-chave do conteúdo programático da disciplina. Por isso, deve seguir a linha pedagógica adotada pela instituição e ser descrita com frases curtas e objetivas, indicando claramente o escopo e foco da disciplina. Sugere-se um parágrafo com quatro ou cinco linhas que podem resumir bem os tópicos do conteúdo. 

A ementa não pode ser alterada apenas pelo professor, já que é criada em conjunto com a coordenação do curso.

Exemplo do Componente Curricular: Estágio em Gestão Educacional

 “Orientação individual e grupal aos estagiários sobre a problemática da administração da escola de Ensino Médio, viabilizando a participação do aluno em situações concretas que o conduzam a associar e aplicar seus conhecimentos teóricos na habilitação para identificação de alternativas que facilitem a solução de problemas e impulsionem medidas de aprimoramento do Sistema Escolar”

 

  

OBJETIVOS

Os objetivos devem contemplar os assuntos descritos na ementa e têm a função de tornar possível a execução da mesma. Para isso, são detalhados os conteúdos e competências que os alunos deverão conhecer, compreender, debater e analisar na disciplina.

Podem ser separados em objetivos gerais, que contam com planos mais amplos ao longo da matéria, e objetivos específicos, que serão abordados e acompanhados nas aulas. Vale destacar que os objetivos devem ser explicados em forma de tópicos e com verbos que exprimem a ação, no tempo infinitivo.

Na composição dos objetivos, é interessante pensar em propostas de intervenção pedagógica sob um olhar investigativo.

Exemplo do Componente Curricular: Estágio em Gestão Educacional

Objetivo Geral:

compreender o processo de aprendizagem a partir das dimensões administrativa, financeira e pedagógica da escola, oportunizando ao futuro profissional o conhecimento real da situação educacional das unidades escolares.

Objetivos Específicos:

• observar a realidade da escola campo, buscando desenvolver um olhar investigativo enquanto pesquisador;

• desenvolver propostas de intervenção pedagógica, a partir de diferentes dimensões da escola-campo;

• atuar em diferentes setores da escola campo para compreensão de seu funcionamento;

• elaborar e desenvolver projetos de acordo com a necessidade da escola campo;

• acompanhar elaboração/efetivação do PPP e do PDE;

• elaborar Relatório Final.

 

 

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

São os conteúdos contemplados durante as aulas e determinados para o estudo durante o decorrer da disciplina. É a especificação dos temas, conceitos e hierarquização de assuntos que serão tratados na disciplina, de acordo com a sua ementa. Deve ser detalhado juntamente com os pontos principais a serem abordados (objetivos, metodologia, avaliação, entre outros).

Exemplo do Componente Curricular: Estágio em Gestão Educacional

1. UNIDADE

1.1.      O saber do professor.

1.2.      Conversando sobre a práxis docente.

1.3.      A Escola e sua Função Social.

1.4.      Escola: lugar onde tudo acontece.

1.5.      Estudo das Diretrizes Curriculares de Filosofia e Sociologia de forma             interdisciplinar.

1.6.      Desenvolvimento de uma Oficina de Recursos Didáticos como subsídio para o             Estágio.

1.7.      Apresentação do(a) estagiário(a), na Escola Campo.

2. UNIDADE

2.1.      Elaboração/reelaboração de Plano de Ação (Projeto de Estágio).

2.2.      Desenvolvimento das atividades planejadas.

2.3.      Elaboração e desenvolvimento de projetos interdisciplinares.

2.4.      Poder e administração no capitalismo contemporâneo (Gestão Democrática da             Educação).

 

 

 

METODOLOGIA

Aqui, deve ser apresentado o conjunto de estratégias pedagógicas utilizadas pelos professores para facilitar o processo de aprendizagem, com o objetivo de que os alunos assimilem o conteúdo. 

Os recursos e metodologias aplicados devem atender à explicação dos conteúdos, ao tempo disponível nas aulas e às particularidades da turma.

As tecnologias e ferramentas educacionais podem ajudar e muito o processo de aprendizagem, com estímulos audiovisuais e maneiras de engajar os alunos.

Exemplo do Componente Curricular: Estágio em Gestão Educacional

Será realizado um estudo da interdependência dos elementos constitutivos das situações de ensino e de aprendizagem e dos objetivos educacionais como norteadores da ação educativa, por meio de:

•          Leituras, debates e seminários em sala de aula.

•          Entrevistas e questionários.

•          Trabalho em grupo e individual.

•          Observação do cotidiano escolar em seus aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos.

•          Desenvolvimento de uma Oficina de Recursos Didáticos.

•          Elaboração do Relatório ocorrerá gradativamente à medida que as atividades forem sendo desenvolvidas.

 

ATIVIDADES SUPERVISIONADAS EXTRACLASSE

São todos os aprendizados praticados além do período de aula dos estudantes e têm como principal missão completar os conteúdos que são vistos durante as aulas. São, em síntese, vivências escolares que acontecem fora do horário regular das aulas, mas que complementam e fortalecem a matriz curricular.

 

Exemplo do Componente Curricular: 

Leitura de artigos científicos, assim como leis, decretos, resoluções, normativas e diretrizes curriculares. Realização de estudos dirigidos, debates e trabalhos.

 

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

São as formas de verificar o aproveitamento dos alunos, ou seja, sua aprendizagem em determinado assunto e/ou disciplina. O processo avaliativo precisa estar sempre focado em criar evidências para nortear o processo de aprendizagem dos discentes. É importante que no Plano de Ensino fiquem claras as formas de avaliação e como serão processadas. O processo de avaliação deverá ser executado ao longo da disciplina, com os devidos registros do desempenho dos estudantes.

Exemplo:

  • N1 (peso de 40%)
    1. 8,0 pontos - Avaliação P1 (avaliação teórica e/ou prática);
    2. 2,0 pontos – Atividade Avaliativa (exemplos: caso clínico, estudo de caso, estudo dirigido, seminário etc.).
  • N2 (peso de 60%)
    1. 5,0 pontos – Avaliação P2 (avaliação teórica e/ou prática);
    2. 2,0 pontos – Atividade Avaliativa (exemplos: caso clínico, estudo de caso, estudo dirigido, seminário etc.);
    3. 3,0 pontos – Avaliação Integrativa (para os períodos previstos).

Média final:   para o cálculo da média final, será atribuída uma nota de zero a dez para a N1 e N2, que será transformada na porcentagem acima descrita em cada item. O arredondamento acontecerá apenas no cálculo da média final.

  

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

São as fontes de pesquisa indicadas pelo professor para consulta do aluno, dando base teórica aos conteúdos programáticos. 

 

Bibliografia Básica (3 títulos)

São bibliografias obrigatórias e que servem de base para o entendimento da disciplina.

Bibliografia Complementar (5 títulos)

São bibliografias que trazem informações adicionais e têm como objetivo enriquecer a bibliografia básica.

Observação: conforme legislação vigente, as bibliografias básicas e complementares podem ser físicas e/ou virtuais, conforme acervo institucional e devem seguir as normas da ABNT. 

Exemplo do Componente Curricular: Estágio em Gestão Educacional.

Bibliografia Básica:

FELIX, Maria de Fátima. A administração escolar e seus desafios atuais. Revista Brasileira: administração da educação. Brasília, 1991.

FERREIRA, Naura. Gestão democrática da educação. São Paulo: Cortez, 2000.

HORA, Dinair C. Gestão democrática na escola. 7 ed. Campinas: Papirus, 1994.

Bibliografia Complementar

ALTET, M. et al. A profissionalização dos formadores de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003. 

ANDRÉ, M. Etnografia da prática escolar, Campinas, SP: Papirus, 1995.

ANDRÉ, M. O papel da pesquisa na formação do professor. In: MIZUKAMI, M. et al (orgs) Formação de Professores: Tendências Atuais, São Carlos: EdUFSCar, 1996, p. 95-105.  

ANDRÉ, M. Pesquisa, formação e prática docente. In: O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas, SP: Papirus, 2001, p. 55-70.

ARROYO, M. Ofício de mestre. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 

Observação

 

CAPÍTULO V

SISTEMA DE PLANO DE ENSINO

 

Art. 5º A Diretoria Acadêmica deve disponibilizar, por meio da TI, um sistema para preenchimento e disponibilização dos Planos de Ensino de todas as disciplinas e de todos os cursos.

 

Art. 6º O Sistema deve contemplar, obrigatoriamente, os seguintes itens: EMENTA, OBJETIVOS, CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, ATIVIDADES ACADÊMICAS SUPERVISIONADAS (EXTRACLASSE), METODOLOGIA, CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, CARGA HORÁRIA DE AULAS E ESPAÇO PARA PRÁTICA.

 

Art. 7º O sistema de planos de ensino deve permitir a administração dos diferentes currículos dos cursos superiores oferecidos;  possibilitar a existência de múltiplas turmas de uma mesma disciplina ministrada por docentes diferentes;  unificar elementos essenciais dos planos de ensino das disciplinas e, no plano de ensino complementar, admitir que docentes de turmas diferentes adotem metodologia, avaliação e atividades extraclasse diferenciadas.

 

Art. 8º O Plano de Ensino deve permitir que o conjunto de docentes, apontados pela Coordenação (Auxiliares), tenham visão integral de todos os planos de ensino de seus cursos.

§ 1º Os docentes designados como auxiliares devem:  revisar cuidadosamente e validar os planos de ensino existentes (dados migrados de plano anterior); inserir os planos de ensino de disciplinas novas (para as quais não existe plano anterior); observar as orientações específicas para o preenchimento de cada item do plano de ensino.

§ 2º A Inserção dos planos de ensino deve ser feita em duas etapas: 

Plano Base: inserção dos itens fixos dos planos por disciplina: ementa, objetivos, conteúdo programático, metodologia, critérios de avaliação, atividades extraclasse, bibliografia (básica e complementar), carga horária e espaço para prática.

Plano Complementar: modificação dos itens variáveis dos planos por turma: metodologia, critérios de avaliação, atividades extraclasse.

 

Art. 9º No Diário Eletrônico, os professores deverão registrar as atividades e conteúdos a serem ministrados aos alunos, conforme seus componentes curriculares e seu horário de aula.

 

Art. 10 No Diário Eletrônico deverão constar: o assunto a ser tratado, a descrição sobre o referido assunto (comentários) e as atividades extraclasse que serão realizadas, com sua respectiva carga horária.

 

Art. 11 O Diário Eletrônico deve ser preenchido no início de cada período letivo, pelo docente responsável pelo componente curricular e ficará aberto durante todo semestre para possíveis alterações.

 

 

 

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

 

           Art. 12 As alterações dos Planos de Ensino deverão ocorrer de acordo com o ciclo ENADE do curso.

           Parágrafo único. Poderá haver alterações fora do ciclo ENADE do curso, desde que devidamente justificada pelo docente que ministra o componente curricular, com a aprovação do NDE e deferimento da Diretoria Acadêmica.

 

           Art. 13 O docente de cada componente curricular deverá fazer um relatório da bibliografia básica e complementar indicadas, justificando sua necessidade e pertinência quanto ao conteúdo a ser ministrado. 

Parágrafo único. O relatório de adequação de bibliografia deverá ser analisado e validado pelo NDE do curso.

 

          Art. 14 Deverá haver apenas um Plano de Ensino para as disciplinas unificadas entre cursos.

          Parágrafo único. O plano de ensino das disciplinas unificadas deverá ser elaborado, em conjunto, por todos os docentes que ministram a referida disciplina, com validação pelo NDE da área.

 

          Art. 15 Deverá haver apenas um Plano de Ensino para as disciplinas institucionais, eletivas e optativas.

         Parágrafo único. O plano de ensino das disciplinas institucionais, eletivas e optativas deverá ser analisado pelo docente e validado pelo NDE da área da disciplina.

 

Art. 16 Os casos omissos serão tratados por esta Diretoria Acadêmica.

 

Art. 17 Estas Diretrizes passam a vigorar a partir da presente data.

 

Jundiaí, 07 de junho de 2022

_________________________________________

Prof. Me. João Antonio de Vasconcellos

Presidente do Conselho Universitário

 

 

 

 

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